🙏 Por Que Deixei de Fazer Parte do Sistema Religioso?


Por Que Deixei de Fazer Parte do Sistema  Religioso?

 O propósito deste blog é deixar clara a razão pela qual deixei de pertencer o Sistema Religioso no formato das religiões cristãs. Tudo começou quando procurei examinar a veracidade, com mais profundidade, da Bíblia... Pode parecer, para muitos, que eu me apostatei da fé, conheço bem esse jargão do Sistema associado a quem pensa diferente do que é ensinado na teologia. Mas eu não ligo. Sei que 99% dos cristãos nunca procuraram examinar, de uma forma mais acurada, o que lhes são ensinados, de um para outro, durante milênios. Qualquer um que, desprovido de preconceitos, fizer isso, vai chegar aonde eu cheguei. Nem precisa ir além do material que desponho neste blog.  O problema é que fomos ensinados, desde nossos ancestrais, passando de um para outro, os mesmos ensinamentos de dogmas e crenças, forjados por mentes interessadas em sustentar seus princípios para a formação de um sistema, que causa terror nas pessoas, apresentando um Deus que pune com o inferno os que não seguirem seus ensinamentos. Quem não seguir de acordo com o que é ensinado, estará sujeito ao fogo eterno do inferno.  Quem não procura saber se isso é verdadeiro, aceita por medo e pavor, essa crença.

 Vou começar falando das razões pelas quais aconteceram as profundas mudanças na minha vida.

 Mas antes quero mencionar alguma coisa sobre a minha história. Na minha pre-adolescência: fui seminarista católico.... desde muito cedo me sentia um buscador das coisas de Deus... Aos 20 anos, me converti ao cristianismo e fui para um seminário Evangélico... depois, fiz faculdade de teologia, e por último, mais recentemente, psicologia...

 Aos 25 anos, foi ordenado pastor...Pastoreei por 35 anos... Estudava a Bíblia com muito empenho e sede. Li toda a Bíblia mais de 10 vezes e Cheguei ler o NT uma vez por mês e mais de 100 vezes...

 Mas durante todo aquele tempo de estudo e ensinamento da Bíblia, e observando a vida dos fiéis, inclusive a minha, nunca percebi uma coerência de vida em harmonia plena com a Bíblia. A mensagem bíblica Sempre pareceu uma utopia.

 Nunca encontrei uma pessoa que vivesse, de fato, o que a Bíblia diz. Me refiro a profundas mudanças internas e duradoras a ponto de viver uma vida abundante conforme Jo 10.10...

 Levei muito a sério os meus 40 anos de igreja. Fiz tudo que era necessário com muito zelo... Mas nunca conseguia alcançar aquele nível de vida abundante no sentido prático e em profundidade conforme a Bíblia.

 Quando não se vive o que busca, se acredita e ensina, tudo fica muito cansativo, sem sentido e confuso....

 Durante todo aquele tempo, praticamente não lia nada do que fosse fora da teologia, somente quando fiz os cursos seculares, li outras matérias como psicologia, filosofia. etc.

 Diante de todo esse quadro, que resumi em poucas palavras, comecei a pesquisar, também, fora da esfera teológica, pois até então eu acreditava que a Bíblia era a detentora da verdade absoluta, e por consequência era a única Escritura relevante e confiável quando se tratava de se relacionar com Deus.

 Ainda no seminário surgiu uma questão polêmica sobre a Bíblia e a verdade. Surgiu a pergunta: A Bíblia é ou contem a verdade?  As opiniões se diversificaram entre os alunos. Então fomos a um professor, que por sua vez, deu uma resposta dogmática dizendo: Definitivamente a Bíblia é a Palavra de Deus, e por consequência, a verdade absoluta. E que a Bíblia é inerrante e sem contradição. Claro, se ela fosse a Palavra de Deus, no sentido absoluto, não poderia ter nenhum erro ou contradição. Bastaria um erro ou contradição para que o dogmatismo como Palavra de Deus se dissolvesse. É como diz o dito popular: "se houver um corvo branco, o bando não pode ser considerado preto"

 No entanto, depois de mais de 35 anos, nas minhas pesquisas, descobri que não era bem assim.

 Porem a minha mente, antes da pesquisa fora da teologia dogmática, estava condicionada, desde a minha infância com àqueles ensinos dogmáticos e sistemáticos. (É muito difícil acreditar de outra forma quando se tem a mente condicionada à crenças passadas de geração a geração, há milênios, não importando o teor dessas crenças).  A crença é o fruto do ouvir dizer e da lógica. Porque você ouviu alguma coisa e está convencido de que o que ouviu ou leu é verdade, desenvolve uma profunda crença no que ouviu. Você crê que é verdade. Você crê de uma maneira total e completa que desafia qualquer contradição. Mesmo que essa crença não seja verdadeira, ela gera em você uma convicção sólida como uma rocha. Desde que você tenha tido disposição para crer.

  Como consequência das minhas pesquisas, descobri que há milhares de contradições na Bíblia. Isso me deixou muito assustado e petrificado, mas tive que admitir porque eram e são fatos....

 Então volta a questão: ela não é a verdade absoluta; ela não é a palavra de Deus como se ensina há milhares de anos, Ela contém verdades, apenas contem. (Não estou dizendo isso por rejeitar a Bíblia, não. Nem tampouco para afrontar aqueles que creem na veracidade dela dessa forma. Creio que ela contém verdades tremendas, mas ela não é e nunca foi a verdade absoluta. Mas Pelo fato dela conter essas verdades, continuo as minhas leituras dela).

 Vou demonstrar isso, não para convencer ninguém. Não tenho necessidade, pretensão e nem o direito de querer convencer alguém. (respeito todas as crenças), o que eu entendo, hoje, será colocado, mas ninguém, é claro, é obrigado a aceitar. Busque por você mesmo e descobrirá.

 Fomos ensinados, pelo sistema evangélico, que Deus usou homens santos para comporem e preservarem o cânon do novo, bem como do AT.

 Aqui quero deixar algumas questões para a nossa reflexão:

 1 - Quais foram aqueles homens de Deus, usados por ele para compor e preservar o NT?

 2 - Quando o cânon do NT foi composto? E qual o critério usado para selecionar 27 manuscritos dentre  outros 5.745 +/-?

 3 - Quanto tempo se passou entre a morte de Jesus e os primeiros escritos?

 4 - Será que depois de +/- 40 anos os discípulos ainda lembravam de tudo perfeitamente? A maioria deles não sabia nem escrever, e para a prender a ler e escrever naquele tempo, levava décadas! Não é como hoje.

 Outras questões que sempre me intrigaram no AT são:

1 – Por que nos 10 mandamentos, Deus teria dito: Não matarás, e depois ele mesmo mandou eliminar muita gente, até cidade inteira? Inclusive toda a população mundial, com exceção de Noé e sua família!? (esse último caso, antes dos 10 mandamentos).

2 – Sé Deus é amor, por que, então, ele, dependendo da circunstancia,  mandava matar tanta gente, inclusive inocentes? Como no AT está cheio de menções desses fatos. 

 3 – O amor jamais elimina alguém, não importa o que a pessoa faça.

Nas minhas pesquisas, cheguei à conclusão de que o Deus-Jeová apresentado no AT, não tem nada a ver com o Deus amoroso, a fonte divina de toda a criação. (sei que isso nos deixa chocados, mas é a realidade).

 Aquele Jeová cheio de ira e vingança do AT é uma invenção do homem e da religião, não tem nada a ver com o Deus que conheço hoje, é um mito.

Um Deus que ordena a morte de animais inocentes em sacrifícios, criação de suas próprias mãos, para aplacar a sua ira contra o pecador, não pode ser um Deus de amor, nem Deus de verdade.

 Não somente ordenou eliminar animais, mas as crianças inocentes e e velhos indefesos. O Deus que sirvo hoje é o próprio amor e fonte de todo bem.

 Se perguntarmos ao sistema religioso, por que essa discrepância, como já fiz muitas vezes no passado? Responderá da seguinte forma: 

 É porque Deus trata com o homem de acordo com cada dispensação.  Mas isso não é verdade. Deus nunca muda nem a si mesmo e nem suas leis estabelecidas que governam o universo e sua criação. Não muda!  

 Em relação aquelas perguntas anteriores não vou entrar em muitos detalhes, mesmo porque postei neste blog  muito material para ser examinado. Vou falar dos pontos principais e os detalhes, você pode confirmar aqui no blog.

 1. Quais foram aqueles homens de Deus, usados por ele para comporem e preservarem o NT?. R. Bom, os homens que escolheram os 27 livros do NT foram integrantes da cúpula ligados ao sistema da igreja Católica de Roma. Homens que o sistema evangélico está longe de considerá-los santos... Nisso já vemos um enorme contradição e incoerência.

 2. Quando o cânon do NT foi composto? E quais os critérios usados para selecionar 27 manuscritos dentre  outros 5.745 +/-? R. O cânon foi concluído +/- no século V, houve muitos critérios e dois deles foram a preservação da igreja católica e o fortalecimento do Império Romano... Dos 5.745 manuscritos somente 27 foram escolhidos. Só evangelhos, há informação, de que havia mais de 300. 

 3. Quanto tempo se passou entre a morte de Jesus e os primeiros escritos? R. Em se tratando dos evangelhos, 40 anos, mas as epístolas começaram com menos de 20 anos. Muitos livros foram aceitos bem depois, o Apocalipse, por exemplo, foi aceito no cânon, no 5º século +/-. Vários livros não foram escritos pelos nomes indicados como autores... 

4. Será que depois de +/- 40 anos os discípulos ainda lembravam de tudo perfeitamente?  R. A maioria deles não sabia nem escrever! Não, como os evangelistas teriam condições de lembrar satisfatoriamente de tudo para escrever, depois de 40 anos.

 5. Quanto as contradições tem algumas centenas aqui no blog.  Para o bom senso bastaria uma contradição comprovada, para se saber definitivamente que a Bíblia não é a palavra de Deus, como o sistema do cristianismo afirma há mais de dois mil anos. E ela está cheia de contradições, de Gênesis  a Apocalipse.

 Uma vez que descobri isso, então comecei a buscar de uma forma mais aberta e ampla. Descobri, portanto, que a verdade absoluta não está contida em livros. Podemos ler os livros para a expansão da nossa consciência, mas a verdade da qual precisamos para nos libertar, não está em livro nenhum, nem mesmo na Bíblia.

 Quando fomos criados, pelo nosso criador, foi colocado no nosso interior a consciência Divina individualizada, e ela está dentro de cada ser humano. E através do amor ao próximo, que está em nossos corações, e de meditação e oração, podemos acessar essa verdade, que verdadeiramente liberta. Essa é a verdade ou luz colocada no mais profundo do nosso ser. Essa parte mais profunda do nosso ser pode ser chamada, também, de alma, Consciência Divina individualizada, ou reino de Deus.

 Não devemos aceitar, sem checar, nada que se diz ser verdade, se for oriundo  de experiência humana, livros, vídeos etc., a não ser que seja confirmada pela Fonte Divina do nosso ser. Como já disse, o Criador, a Fonte do nosso ser individualizou em nós a sua Consciência Divina e se ela estiver expandida, nada que não seja plena verdade será aceito por ela. Essa individualização da Consciência Divina em nós pode ser chamada, ainda, do que você quiser: Alma, Espirito, Eu Superior, Fonte Divina, Consciência Universal, Consciência Divina, Centelha divina,  Luz Divina, Essência Divina do nosso ser ou Deus.

A verdade subjetiva, (pessoal), para ser validada, precisa estar em harmonia com a Verdade objetiva (Universal). 

Dessa forma fica mais simplificada a noção da interação de Deus conosco e vice versa. Muitos usam outros tipos de abordagens, mas acho que dessa forma fica mais fácil de entender. 

 A verdade não é estática, mas muito dinâmica  e versátil. Tudo na criação de Deus evolui e se renova. Como, numa lógica de bom senso poderíamos crer que desde o último livro da Bíblia nada mais foi revelado ao homem!? Há uma verdade universal que se renova dia a dia, de acordo com a compreensão de cada um de nós.

 Muitas das inspirações  alegadas pelos pregadores do Evangelho, nas leituras e preparação de seus sermões, não passam  de conjecturas e imaginação férteis e não tem nada a ver com revelação do texto estático.  Essa revelação até pode acontecer, mas para isso precisamos ter consciência desse mover do eterno no nosso interior, pensar nele no nosso interior e não há milhões de anos luz sentado em um trono em algum lugar do Universo.  

Bom, levando em consideração o que disse e escrevi, de uma forma resumida, e o material que está neste blog, creio que é o bastante  para explicar as razões pelas quais, não faço mais parte do sistema Religioso. Haveria muita coisa, ainda, para escrever sobre isso, mas não acho necessário.

 Desejo que fique bem claro, que eu não estou rechaçando a Bíblia, não, apenas estou afirmado que ela não é a verdade infalível no sentido absoluto. Ela contem verdades, mas não é “A” verdade absoluta. Ela contem palavras de Deus, mas ela não é “A” Palavra de Deus.

Quem me segue por aqui, ou no site, verá que sempre estou citando as verdades que estão na Bíblia. O que eu deixei, mesmo, foi o sistema evangélico institucionalizado.

As razões pelas quais os cristão são enganados em relação a Bíblia são várias, vou colocar algumas aqui, sem levar em consideração a ordem:

1.      Por ter a mente condicionada aos ensinamentos milenares. Para esses que tem a mente condiciona, nada que seja contrário ao que eles entendem, faz sentido para eles. Suas crenças equivocadas são como concreto.

2.    E por ter a mente condicionada aceitam, sem questionar, que a Bíblia é a palavra de Deus, e por ser a palavra de Deus, não pode ter contradições e nem erros. Mas nunca questionaram: Por que ela seria a palavra de Deus?

3.    Por medo de questionar. Se eu não crer, diz, vou acabar indo para o inferno. Portanto, é melhor eu crer cegamente.

4.    Não buscam por si mesmos a verdade, sempre dependem dos outro. Não gostam de ler, nem a própria Bíblia.

5. Quando buscam pesquisar, só vão a livrarias, sites ou bibliotecas evangélicas, nunca procuram outras fontes. Até porque tem medo. Estão satisfeitos com os ensinamentos condicionados.

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Nota: Leia o material sugerido no menu desse blog. 

👉Aqui

A maior parte do material é de Bart D. Ehrman. Bart D. Ehrman não é qualquer um aventureiro, não. Ele é um grande estudioso e professor de grego e hebraico, conhecidíssimo no EUA e na Europa. Bart D. Ehrman é especialista no Novo Testamento e em história do cristianismo primitivo. É professor de estudos religiosos na Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill e autor de best-sellers sobre Jesus, os Evangelhos do Novo Testamento, os textos apócrifos e o início da fé e Igreja cristãs. 

                                             

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Veja o que ele, Bart D. Ehrman, disse: "Eu fiz o meu melhor para manter a minha fé que a Bíblia era a palavra inspirada por Deus sem qualquer erro e isto se manteve por dois anos... Eu percebi na época que temos mais de 5.000 manuscritos do novo Testamento, e nem sequer dois deles são exatamente iguais. Os escribas mudavam seus conteúdos, algumas vezes de maneira significativa, mas várias vezes com mudanças pequenas. E finalmente me ocorreu que se eu realmente pensava que se Deus inspirou esses textos... se Ele se deu ao trabalho de inspirar os textos, por qual razão Ele não se deu ao trabalho de preservar os textos? Por qual razão Ele permitiu que escribas fizessem modificações?[1]"


 

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